quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Por que as pessoas ficam na porta do metrô?

Quem me conhece sabe que eu não a lógica de meus pensamentos nunca parecem tão logicos.
Meu raciocínio segue uma linha e esta linha costuma ir longe.
Eu estava hoje indo trabalhar, de metrô, como faço sempre enquanto ouvia o podcast Café Brasil e uma pergunta me veio a cabeça:
Por que as pessoas sempre ficam na porta do metrô?
A porta de cada "carro" do metrô é sempre um ponto de aglomeração em horários de pico e isso faz com que o desconforto e a irritação paire sobre todos os usuários de transporte público e sempre há a sensação de que o transporte público tem problemas mas, quase se observa melhor pode-se ver que os corredores estão sempre mais vazios, ou seja, o desconforto não vem de um transporte lotado entao, por que as pessoas sempre ficam na porta do metrô?
A primeira resposta óbica para essa pergunta foi "pressa" afinal, quando se quer chegar rápido a algum lugar é, buscar a melhor posição é natural, porém observei que muitas dessas pessoas não desciam na próxima estação ou na seguinte e que muitas vezes tinham como destino alguma das estações de integração, local que diminui drasticamente a quantidade de pessoas no metrô e que não exige uma posição privilegiada perante as saídas para serem alcançadas então a pressa não é o alimento desse hábito.
Então pensei na três letras que me libertam de compromisso com a razão e me permitem criar uma resposta sobre uma folha branca: E se...
Para muita gente o conforto está na ausência de mudanças, sem desafios ou conflitos com um mínimo de movimentos possíveis.
Às vezes a conquista de um espaço é visto com tanta importancia que deixá-lo para outro sequer é tido como uma possibilidade.
Ficar no mesmo lugar nem sempre signfica não fazer nada pois, para ficar no mesmo lugar é preciso se manter firme, enfrentar as pessoas que passam por você, o desconforto e até a própria força do impulso que tenta te levar de um lado para o outro ou seja, é muito mais difícil do que apenas dar um passo para frente e deixar.
Pensei rapidamente sobre meu próprio pensamento e vi que ele poderia ter sido incentivado por várias perguntas e é com algumas delas que eu termino esse texto.


Por que as pessoas suportam desrespeito?
Por que as pessoas sujam as ruas?
Por que as pessoas não combatem a corrupção em todos os níveis sociais?
Por que as pessoas vivem em lugares feios e desagradáveis?
Por que as pessoas ficam na porta do metrô?

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O fogo e os homens


O fogo
Fogo é vida
Fogo num palito de fósforo
um homem que vive e morre sem sair do lugar onde vive

Você pode dizer o que fará uma chama quando ela começa a queimar?
Você pode dizer até onde um homem pode ir quando nasce?

Ele traz dor, destruição e até mesmo a MORTE.
Estou falando do fogo ou dos homens?

Ele muda tudo que toca
muda o presente para esquecer o passado e trazer sempre um novo futuro.
Ele favorece a vida
Estou falando dos homens ou fogo?

A paixão queima
o fogo queima
o amor queima
o homens queimam.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Darth Moacyr Alves Vader

Olá amigos.
Meu nome é Rodolfo, tenho 22 anos, moro em São Paulo, estudante de computação gráfica e gamer.
Como gamer desde criança, minha vida foi cheia desafios que compuseram cada FASE da minha vida.
Quando criança eu tinha que tirar boas notas, fazer minhas lições de casa, arrumar meu quarto só para depois de tudo eu poder jogar videogame. Nessa época eu achava que minha mãe era o inimigo do videogame até descobrir mais tarde que a infância é apenas o tutorial da vida.
O tempo foi passando e os desafios mudaram.
A lição de casa virou trabalho e o que antes eu ganhava de presente passou a custar meu esforço e meus salários, e foi assim que conheci um verdadeiro inimigo, os impostos e a burocracia.
Minha batalha contra esses inimigos já dura anos, e nesse caminho conheci outros inimigos dos videogames como o politicamente correto, emissoras de TV que adoram GTA e um dos piores, Valdir Raupp que, só após muitos batalhas, foi vencido pela união de gamers como eu.
Após longos combates, um novo herói aparece, como o Jedi da profecia que traria equilíbrio os preços, estou falando de Moacyr Alves Skywalker.
Começou com um projeto, um pequeno movimento, o Jogo Justo que aos poucos foi se tornando uma resistência de que não poderia mais ser ignorada.
Mesmo com toda essas pessoas unidas, a batalha ainda continua.
Nosso herói, às frente da resistência ganhou poderes, o Jogo Justo foi origem para a Acigames, o jedi conheceu o senado, seus senadores e o poder.
Hoje eu vi uma entrevista onde Moacyr Alves Skywalker demonstra que parece estar se corrompendo pelo poder. Ele que antes lutava contra impostos fala agora de criar impostos.
Darth Moacyr Alves Vader agora está no lado negro dos impostos, logo a bandeira do Jogo Justo será uma nova forma de arrecadar impostos com nosso vilão dizendo “eu sou seu pai”.

http://youtu.be/MhsQzLiDuR8?t=15m43s

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Crítica às Religiões


Olá.
Depois de muito tempo eu estou de volta para a alegria (ou tristeza) de todos que achavam que tinha abandonado esse blog.
Sem desculpas, eu não postei nada por que queria transformar o blog em vlog mas meus recursos eram menores do que minha força de vontade para esse projeto, que nunca foi grande coisa.
Mas tudo bem.
Não vou fazer mais planos e deixar as coisas fluírem naturalmente.

Durante esse tempo sem postar nada eu vi muito conteúdo sobre ateísmo e a opinião de muita gente sobre o assunto e cheguei a uma conclusão assombrosa.
Eu não sou ateu.
Mesmo com todos os argumentos que me foram apresentados minhas crenças ainda se mantiveram firmes e em muitos casos se tornaram até mais fortes.
Mas ao invés de criticar os ateus eu quero fazer uma auto critica.
Primeiramente quero dizer que sou espírita kardecista desde que nasci e acho está uma religião fantástica.
Mas TODA religião tem seus pontos altos e baixos.
O ponto que eu considero mais positivo é que o espiritismo aceita críticas.
Não é uma questão de "isso é certo e aquilo é errado." e sim "Por que isso é certo enquanto aquilo é errado?".
Nos espiritismo eu me sinto movido pelas perguntas e não pelas promessas.
Mas existe algo que me incomoda.
O espiritas falam sempre de humildade. Ensinam que sempre devemos ser humildes.
Eu acho essa ideia otima porém, uma boa ideia mal interpretada pode ser pior do que uma má ideia bem interpretada.
Fui forçado por vários motivos a tirar a religião da minha rotina. (abrir mão do que se gosta é o preço de se tornar adulto).
Mas me afastar dos centros me trouxe algo positivo.
Sempre me falaram de humildade mas tudo que me ensinaram era submissão.
Eu sou um homem lindo e inteligente que passou a maior parte da vida achando que era errado pensar assim.
Pensar em mim não significa esquecer dos outros e ajudar o proximo não significa aceitar se tornar escravo.
Acho que é errado dizer que este é o ponto negativo do espiritismo, quando são seus seguidores que pregam errado.
Acredito que o que prejudica as religiões não são seus ensinamentos, mas sim as pessoas que não sabem interpretá-los.
No meu caso, a humildade foi confundida com submissão e levei muito tempo para aprender de verdade qual é a diferença entre essas duas coisas e esse aprendizado me fez pensar até que ponto é possível separar algo errado que foi ensinado de algo que foi ensinado errado.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O pergaminho de perdido

O mundo sempre foi repleto de criaturas maravilhosas e poderosas.
No passado a raça humana foi misturada com muitas criaturas, algumas uniões foram feitas através de experiências insanas enquanto outras foram resultadas de amores impossíveis. Tantas misturas criaram sub-raças.
No começo eram híbridos, discriminados por todos por todos.
O resultado de uma união mantinha as características de ambos os envolvidos e algumas vezes ganhavam características próprias.
Apesar de fraca, a raça humana sempre foi a mais perigosa, sua capacidade de se reproduzir incontrolavelmente e o desejo por poder a tornou dominante no mundo.
Os reis buscavam sempre aumentar seus reinos e destruir tudo e todos que pudessem ser ameaças.
Muitas guerras foram travadas, incontáveis séculos trouxeram caos e devastação ao mundo.
Até que Gaia, conhecida como a mãe do mundo, decidiu selar um acordo de paz com os homens.
Foi concedido aos homens tudo que o sol iluminava com facilidade, os homens não eram capazes de sobreviver nas trevas então aceitaram o acordo.
Ficaram com as planícies e as montanhas, enquanto Gaia e seus filhos de todas as raças ficaram com as florestas densas e com o fundo das águas.
Os mestiços seriam responsabilizados por manter o acordo.
Cinco filhos de reis se manteriam entre os filhos de Gaia enquanto cinco filhos de Gaia ficariam no mundo dos homens enquanto as criaturas desprovidas de razão seriam livres.
Este acordo deu início ao que foi chamado de primeira era dos homens.
Se passaram quatro mil anos desde o acordo.
As notícias se tornaram histórias, as historias se tornaram lendas e as lendas aos poucos foram se perdendo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Formas criativas para se dizer "vou defecar"

As necessidades fisiológicas são parte do ser humano, assim como precisamos respirar também precisamos nos alimentar e como o corpo não absorve tudo que ingere, mais cedo ou mais tarde, essa matéria não aproveitada voltará para o meio ambiente.
Apesar de ser normal, a maioria das pessoas se constrange ao ter que justificar sua saída com um "vou ao banheiro".
Pensando nisso resolvi criar uma lista com algumas respostas opcionais  para quando você se ver diante da pergunta: Onde você vai?

  1. Esvaziar a barriga.
  2. Pintar uma cerâmica.
  3. Escorregar um moreno
  4. Cortar o rabo do macaco.
  5. Fazer uma escultura barroca.
  6. Cadastrar o Robinho numa escola de natação.(by @Doutor_Pepper)
  7. Fazer uma pintura de arte moderna.
  8. Postar alguma coisa no meu blog (válido para pessoas como eu que só postam merda).
  9. Folear a revista Caras.
  10. Escrever um texto pro Legendários.
  11. Compor uma música pro Fiuk.
  12. Gravar um vlog.
  13. Limpar o orkut.
  14. Produzir adubo.
  15. Trollar a tia da limpeza.
  16. Deixar minha marca no mundo.
  17. Perfumar o banheiro.
  18. Testar o sistema hidráulico da privada.
  19. Alimentar a centopéia humana.
  20. Vou acessar o EGO.
  21. Votar no PT.
  22. Cagar.
  23. Contar azulejo. (quem nunca fez isso no banheiro que atire o primeiro toroço)
  24. Escovar os dentes.
  25. Arrumar o cabelo.
  26. Retocar a maquiagem.
  27. Tenho que falar com o Fulano.
  28. Me certificar que O MESMO se encontra parado nessa andar.
  29. Vou ali rapidinho.
  30. Vou ali chamar o Uwe Boll para fazer um filme inspirado em alguma franquia de videogame.
  31. Vou fazer um reboot da história de algum personagem legal.
  32. Tenho que liberar o lado negro da força.
  33. Vou soltar um barro.
  34. Fazer um atendimento(muito usado por técnicos de suporte).
  35. Limpar um servidor.
  36. Vou seguir o @RadocLobo no twitter
  37. O Activia fez efeito.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mais um texto sobre respeito



Eu me considero uma pessoa paciente.
Quando alguém me incomoda eu falo pra pessoa e tento ser compreensivo com o lado dela afinal acredito que é a liberdade e diversidade de idéias que gera a evolução do conhecimento.
Mas liberdade não significa “fazer o que quer”, liberdade significa ter seu próprio espaço respeitando o espaço dos outros.
Estou escrevendo isso por causa de uma coisa que acontece todos os dias comigo e vem me incomodando muito, que é o gosto musical de meu colega de trabalho.
Acredito que eu não seja o único a enfrentar isso.
Eu gosto de rock e odeio axé, desde a pobreza de letra até a voz estridente e desafinada das cantoras, mas, esse é meu gosto pessoal e não cabe a eu fazer outras pessoas deixarem de gostar de axé só por que não gosto, cada um tem liberdade de escolher o que quer ouvir.
O que está em questão aqui não é o gosto musical, afinal todo mundo já teve que aturar um funkeiro sem fone de ouvido.
Estou escrevendo aqui pra demonstrar minha indignação com a parte dessa história que realmente me irrita.
Eu já falei varias vezes que não gosto do gosto musical desse meu colega e pedi para ele usar fone de ouvido (assim como eu faço) ou pelo menos ouvir a música num volume baixo, porém minha irritação parece uma piada para ele e cada protesto a torna mais e mais engraçada.
Eu gosto de brincadeiras e sou até bem humorado, mas quando uma brincadeira se baseia em irritar outra pessoa por longos períodos por vários dias, essa falta de respeito afeta cada vez mais o humor da pessoa.
Nos últimos dias trabalhar tem se tornado uma tortura para mim por causa do gosto musical de meu colega, como resultado eu mesmo estou mais “pavio curto” do que de costume.
Em contra partida esse mesmo colega não suporta as musicas que eu gosto de ouvir então, em respeito a ele, eu evito deixar o som alto.
Ou seja, ele exige o respeito que ele mesmo não oferece.
Acho que respeitar para ser respeitado é uma lei universal, mas essa é a lei mais desobedecida do universo.
Acho que escrever essa mensagem vai tornar ainda mais divertido me expor a essas musicas irritantes, porém eu estou contando com a compreensão de meu colega que, ao ler esse texto, verá que estou realmente incomodado, não com o tipo de música que ele gosta e sim com o fato de que ele não respeita meu espaço e o meu direito de não ouvir essa musica.
Esse texto fala de gostos musicais, mas eu acho que os mesmos argumentos poderiam ser usados em sociais de maior importância como o respeito entre pessoas de religiões diferentes ou de visões políticas diferentes.

domingo, 10 de abril de 2011

Paciente 2208 - O nome

Bom dia doutora Ângela, estava aguardando sua visita.
- Bom dia, você parece estar de bom humor hoje.
Estou bem, obrigado. Estive pensando em nossa última conversa.
Apesar de não concordar com algumas coisas eu preciso me adaptar a elas.
- O que quer dizer?
Doutora, você está tão acostumada a usar nomes que acho que eu também preciso de um nome para que você possa se referir a mim com mais conforto.
- Mesmo dizendo que não gosta de nomes, você sempre se refere a mim como “doutora Ângela”...
Decidi te chamar da forma que você mais gosta de ser chamada, mas certamente você já foi chamada de vários nomes como: moça, irmã, senhora, senhorita, doutora, entre outros.
- Então imagino que eu deva perguntar: como você prefere ser chamado?
É uma boa pergunta, pode me chamar de Lucius.
- Lucius?
Sim, vem do grego e significa luz.
- Então você é um ser iluminado?
Ainda não. A sabedoria é a luz mais pura que existe. Ela é capaz de iluminar a todos que a procuram com esperança e determinação, até mesmo quem não possui olhos é capaz de ver a beleza dessa luz.
Eu sou apenas alguém que busca a sabedoria, por isso decidi que, ao me apresentar não direi apenas uma forma de se referir a mim, mas também o objetivo que tracei para minha vida.
- E como saberá que alcançou seu objetivo?
Minha jornada é como toda jornada, só terá fim quando o Sol não for mais capaz de perturbar meu sono.
- Uma jornada sem fim?
Uma jornada cujo fim está além do que eu posso imaginar.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Nascimento de Radoc

Hoje eu acordei com uma dúvida:
Por que estou aqui?
Acredito que muitas pessoas fazem esta perguntas, a maioria delas em momentos difíceis, apenas os idiotas não perguntam isso.
Como eu queria ser idiota, deve ser bom não pensar em nada, não sentir sua mente se enchendo de perguntas e respostas que trazem mais perguntas.
Eu já fui idiota, nessa época nada me perturbava, foi antes de eu entender a minha solidão, passei muito tempo tentando agradar as pessoas ao meu redor, tentando ser tudo que eles queriam, mas nunca fui aceito porém eu era muito idiota para perceber isso, muitas lágrimas foram desperdiçadas por pessoas que não valiam a pena até que comecei a deixar de ser idiota. Minha adolescencia teve varias descobertas e a mais importante delas foi que eu posso ser eu mesmo que as pessoas não mudaram a forma de agir comigo, me aceitaram ou me negaram da mesma maneira.
Com quinze anos decidi ser algo que todos pareciam odiar, eu comecei a ser eu mesmo.
Pode parecer algo sem importância, mas mudei muito minha identidade, e até a forma como me apresento, quem me conhece agora me chama de Radoc.
Eu sou diferente agora, transformei minhas fraquezas em pontos fortes, durante parte da minha adoslescencia tornei minha consciência independente da opinião alheia.
Após meus quinze anos algo mais aconteceu.
Mesmo sendo algo que eu não entendia, eu tinha uma amiga, Vanessa, uma garota que gostava de ficar do meu lado e me defendia quando as outras pessoas falavam mal de mim pelas costas.
Fazíamos muitas coisas juntos e, enquanto caminhávamos vimos que estava acontecendo um assalto.
Naturalmente mudamos nosso caminho para não chegar perto do local afinal, mais ajuda quem não atrapalha.
Um dos assaltantes pareceu ter algum tipo de arma especial, lembro apenas de ter visto algo que pareceu um raio indo em direção a ela, e depois lembro apenas que protegi ela com meu corpo e de ter visto um clarão estranho.
Sei que desmaiei por que acordei no hospital depois.
Meu corpo estava amarrado e havia algumas máquinas me monitorando, mas eu consegui facilmente me soltar, pouco depois uma enfermeira entrou no quarto e, bastante agitado por causa da situação, eu perguntei a ela o que estava acontecendo e ela discretamente e disse:
- Acalme-se, agora está tudo bem. Eu sou Aline, você sabe por que ou como chegou aqui?
- Não.
- Segundo os médicos, você foi atingido por algum tipo de explosivo com um composto ácido, quando chegou aqui, havia queimaduras em seu tórax que estavam se espalhando pelo seu corpo, após um dia, você pareceu ter sido vítima de um incêndio, depois de dois dias as queimaduras começaram a cicatrizar rapidamente, mas você passou a ter compulsões agressivas, tanto que fomos obrigados a amarra-lo para evitar mais ferimentos, mesmo quando seu corpo deixou de apresentar queimaduras, as crises não pararam e começaram a apresentar crises de alucinações.
Eu fiquei chocado com tudo que ela havia dito, porém havia algo que eu precisava perguntar:
- Como está minha amiga?
- A garota vem aqui todos os dias, não teve nenhum tipo de ferimento, apenas passou por alguns exames.
- Isso é ótimo. - essa notícia me deixou mais animado.- e a quanto tempo eu estou aqui?
- já se passaram 13 dias.
- Nossa, e... quando vou poder sair.
- Os médicos disseram que você já estava em condições físicas para receber alta a dois dias, mas faltam testes psicológicos, depois deles você poderá sair.
Neste momento a Vanessa chegou e eu senti muito mais calmo.

Nota do autor
Esse texto foi criado quando eu tinha 15 anos e eu nem sabia que havia salvo num email.
A partir desse texto eu comecei a me apresentar como Radoc

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Andando entre mortos

Ando por ruas fétidas
um cheiro pútrido de restos de comida e de corpos
Um mar de covas abertas
sem o glamour de um cemitério.
A rua de cadáveres se lota ao meio dia
o cheiro de veneno preenche o ar
o fedor é tão forte que me faz querer vomitar.
Nos bares e restaurantes os mortos se alimentam
com gestos e berros gritam
“garçom, prepare uma dose do melhor veneno”
Como podem desejar tanto a morte?
Não se contentam em beber.
Inspiram e exalam gases tóxicos.
Não é possível estar vivo sem ser envenenado.
Não sei distinguir mortos e vivos
A única diferença está no tempo que passam deitados
Corpos jogados nas sarjetas da vida.
Tornaram ruim até o ar que se respira.
Caçadores da morte.
Não se contentam em morrer, precisam matar.
Matam os semelhantes,
matam o lugar que vivem,
matam até o planeta que vivem.
Vivo num mundo morto,
isso faz de mim um morto também.
Vivo em busca de uma vida,
mas enquanto todos morrem,
só posso morrer ou sofrer.

Críticas a drogados - Alcoólatras

Eu normalmente me seguro quando falo desse tema por que quase todas as pessoas que eu conheço são usuários de drogas lícitas, ou seja, álcool e/ou cigarro.
Mas minha opinião é mesma, independentemente de eu publicá-la ou não.
Resolvi então que vou publicar minha opinião e quem for meu amigo de verdade não vai deixar de ser meu amigo por causa disso.
Primeiro quero deixar claro que eu odeio álcool e cigarro então, se você gosta dessas coisas e não suporta a opinião de que isso faz mal, melhor não continuar a leitura.
Todas as pessoas que fumam e bebem são suicidas.
Isso não é uma opinião e sim um fato que pode ser constatado em uma rápida pesquisa na internet ou no verso das caixinhas de cigarro.
Vou falar apenas de álcool nesse post para separar os temas para não ficarem tão grande os textos.
Eu separo as pessoas em 3 tipos, as que não usam drogas, as sóbrias e as bêbadas.
Muitos dos meus amigos bebem, é possível conviver com eles sem problemas, mas quando estão sob efeito de seus “alucinógenos” eu prefiro tratar como desconhecidos.
Por essa razão evito lugares onde das pessoas bebem.
MUITAS experiências ruins me levaram a ter essa conduta, prefiro ficar sozinho numa noite de folga do que perder uma amizade por causa de uma noite de idiotices.
As pessoas confundem diversão com alcoolismo e calma com cigarro. Para essas pessoas é impossível se divertir sem beber e não é possível se manter calmo sem cigarro.
Se divertir com bebida significa encher a cara até ser incapaz de ver ou pensar direito. Basicamente bebem para não ter que assumir a responsabilidade do que fazem.
Além de não terem coragem para agir enquanto sóbrio, ainda se escondem atrás de um liquido.
Fogem covardemente da responsabilidade dos próprios atos.
Falam besteira, entram em briga, atropelam e matam pessoas quando estão bêbados por que a bebida traz uma sensação de liberdade, é como colocar uma máscara e tudo será esquecido no dia seguinte.
É possível se divertir sem beber, mesmo em festas.
Eu mesmo nunca entendi qual é a graça de encher a cara e ficar vomitando no fim da festa ou desmaiado numa sarjeta.
Realmente eu nunca bebi, já fiz minhas loucuras na vida, mas nunca precisei de drogas pra ganhar coragem pra fazê-las.
Só pode dizer que viveu de verdade que for capaz de assumir cada ação de sua vida.



Eu não nasci odiando alcoolismo, esse sentimento surgiu e foi crescendo cada vez que me disseram “eu tava bêbado, foi mal”.
Outra coisa que me faz lembrar esse meu ódio é lembrar que eu já fui assaltado por uma dupla de bêbados e já fui atropelado por um bêbado também, graças a Deus eu não tive nada mais do que um susto e no máximo alguns arranhões nesses casos, mas se não fosse a bebida eu não teria passado por essas coisas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Paciente 2208 - A primeira entrevista

- Olá, como você se sente?
Estou bem, e você?
- Estou bem, sou a doutora Angela e vim para entender você. Qual é o seu nome?
Faz tanto tempo que não uso um nome, quando você percebe o quanto algo é irrelevante, aos poucos vai se esquecendo dela.
- Como pode dizer que seu nome é irrelevante? Você não valoriza quem você é?
Um nome não traduz o que uma pessoa é, traduz apenas as primeiras cobranças da vida de uma pessoa.
- O que você quer dizer?
Angela. Com esse nome posso dizer que sua familia esperava que você se tornasse linda, bem comportada e que qualquer comportamento fora desse padrão seria visto como uma decepção. Note que mesmo antes de nascer já existiam expectativas, você até já era cobrada por coisas que não pode controlar.
- Abrir mão do próprio nome é uma forma de se livrar das cobranças?
Se você quer se livrar das cobranças tem que fazer mais do que isso. Só será capaz de livrar das cobranças quando perceber a importância real das coisas, ou estará sempre se cobrando.
- Então as pessoas não sabem dar valor ao que tem?
“Ao que tem?” Dra Angela, o que você acha que as pessoas realmente tem? Dinheiro? Fama? Status? Objetos raros?
- Se essas coisas não tem valor, o que tem?
Que valor tem algo que não é seu?
- Eu não posso mensurar o valor de algo que não é meu, isso depende de cada um.
Exato. Mas como você pode dizer que algo é seu?
- Algo é meu quando eu tenho liberdade para escolher o que fazer com ele.
Isso apenas comprova minhas palavras. Ninguém escolhe quando nasce, nem escolhe quando vai ficar doente e, na maioria das vezes, ninguém escolhe quando vai morrer, ou seja, ninguém é dono da própria vida.
- Então como eu devo chamá-lo quando for falar com você?
Essa é uma pergunta que não me cabe a mim responder.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Estrada da vida

Viver é como andar descalço numa estrada de terra.
É difícil andar nessa estrada de terra.
Cada passo que damos pode nos trazer alguma dor, por isso muitas vezes ficamos com medo de andar.
Mas é preciso seguir em frente de cabeça erguida por que essa estrada passa por muitos lugares bonitos, lugares que não veremos se apenas estivermos olhando para o chão com medo de ferir os pés.
Olhe para o céu enquanto caminha e verá o brilho do sol, a beleza das estrelas e quando tudo parecer nublado, espere a chuva que lavará sua alma.
Olhando para trás na estrada da vida, perceba que você nunca esteve só.
Sempre há alguém caminhando com você.
Algumas pessoas te acompanham por muito tempo, outras apenas cruzam seu caminho de forma tão rápida que você nem percebe que, mesmo que por um segundo, ela fez parte de sua vida.
Algumas pessoas são generosas, te ajudaram no passado e continuarão a te ajudar sempre que você as encontrar pela estrada.
Algumas pessoas desconhecem a importância que possuem e trazem sofrimento, dor e mágoa, mesmo após tantos passos juntos.
E há momentos que não há nenhuma pegada ao lado das nossas na estrada. Mesmo nesse momento há sempre alguém em nosso pensamento, tão vivo na memória que é como se estivesse do nosso lado.
Sorria para todas as pessoas.
Um sorriso às vezes é dificil mas vale mais do que ouro.
Um sorriso é um presente gratuito que irá melhorar o dia da pessoa que fez parte de sua vida por um segundo. É um agradecimento generoso para alguem que te ajudou e sempre te ajudará. E um sorriso mostrará para quem te machuca como sua presença é maravilhosa e como sua vontade de ser feliz te traz força e luz.
Permita-se chorar. As lágrimas que traduzem sinceridade e saudade ajudam a chuva a lavar a alma e purificar o caminho.
A estrada da vida é longa, mas não é reta. Está repleta de curvas e muitas vezes acabamos nos desviando do caminho. Mas o importante é sempre ter força para voltar para a estrada sem medo de continuar a andar por que não importa a distancia, sempre é possível voltar para o caminho correto.


Eu desejo que 2011 seja um ano de muitos passos e que cada passo ensine algo que traga mais força e crescimento, que sua estrada se cruze com muitas que te façam sorrir e que nenhuma pedra no seu caminho seja capaz de barrar seus passos.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A caneta


Tenho em mãos uma caneta.

Posso usar essa caneta para escrever qualquer coisa.
Com essa caneta posso escrever coisas que te farão sorrir.
Com essa caneta posso escrever coisas que te farão chorar.
Com essa caneta posso escrever coisas que salvará vidas.
Com essa caneta posso escrever coisas que tirará vidas.
Esse é o poder da caneta.
Como algo tão simples poder ter tanto poder?
Como algo tão poderoso pode ser tratada com irresponsabilidade?

Preciso proteger a caneta
Preciso destruir a caneta
Preciso me livrar da caneta
Preciso livrar o mundo da caneta.

Meus filhos estão expostos a caneta
brincam com uma arma sem o conhecimento do que podem fazer
possuem nas mãos a chave de um mundo de escolhas sem retorno
de forças e frazquezas
de vitórias e derrotas.

Preciso proteger a caneta
Preciso destruir a caneta
Preciso me livrar da caneta
Preciso livrar o mundo da caneta.

Agora destruirei essa caneta
a lançarei ao fogo e enterrarei suas restos
ninguem nunca mais verá essa caneta.
preciso me lembrar de nunca mais me aproximar de uma caneta
mas como?
ja sei, anotar isso e deixar em um lugar que sempre vejo
preciso de um lápis pra escrever

Mas espere
posso usar esse lápis para escrever qualquer coisa...


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Memórias de um assassino - Último presente

Não lute, não tenha medo
não vou te machucar
sinta meu corpo tocar o seu
sinta a forma que meus braços te envolvem.

Entregue seu corpo a mim
sinta meus lábios tocando sua pele
meus dentes acariciando seu pescoço gentilmente
vou degustar o sabor de sua carne delicada antes de perfura-la
enquanto estiver em meus braços não sinta medo
apenas beberei o doce néctar de sua vida
a suavidade de uma vida sem problemas é o primeiro presente que te darei
te mostrar o caminho para o paraíso é o ultimo presente que você receberá.

domingo, 28 de novembro de 2010

A VERDADE E A MENTIRA

A verdade é algo passageiro.
Pode ser mudada de várias formas.
A verdade de hoje pode não ser a verdade de amanhã.
O tempo é capaz de transformar uma verdade.
Muitas das verdades que eu disse no passado seriam mentiras se repetidas hoje.
A verdade mudada pelo tempo é uma verdade esquecida.
As coisas que eu disse que sentia no passado podem não ser as mesmas coisas que eu sinto agora.
Não posso mais usar a ingenuidade como uma verdade que justifique erros.
Aprendi com o tempo e com a vida que os erros são importantes.
Há dois caminhos para eu escolher.
O suave caminho da mentira ou o ardo caminho da verdade.
A mentira é um doce anestésico enquanto a verdade é um amargo remédio.
A mentira pode rapidamente fazer com que uma dor ou uma angustia seja esquecida, mas assim como a ferida que não é tratada, quando a mentira é desvendada e a ferida revelada e uma dor maior do que se pensava toma conta do lugar que estava sendo protegido pela anestesia.
A verdade dói.
Assim como o remédio que parece pior do que os sintomas da doença, a verdade ataca a raiz do problema.
Às vezes estamos tão mergulhados na mentira que lutamos para contra a verdade.
A mentira é como o álcool que vicia e distorce a realidade de quem cede à tentação de experimentar.
O medo da realidade não ser mais difícil do que a ilusão que nos conforta é que faz com que nós tentemos manter a mentira a todo custo.
A escolha que cada um deve fazer é sempre será: é melhor ser livre com o preço da verdade ou viver numa cristalina prisão e mentiras?